Mais que um Combustível: Diesel é a Força que Move o Brasil
Responsável por impulsionar os principais modais logísticos do país, o diesel é peça-chave para o funcionamento de veículos pesados, máquinas industriais e sistemas de geração de energia.
Dos caminhões às locomotivas, passando por embarcações e estruturas portuárias, o diesel está presente em praticamente toda a malha de transporte terrestre e aquaviário do Brasil. Embora os aviões utilizem querosene de aviação, grande parte da operação nos aeroportos depende diretamente de veículos e equipamentos movidos a diesel, reforçando seu papel fundamental na infraestrutura nacional.
Derivado do petróleo, o diesel é obtido durante o processo de refino e pode representar até 40% do volume de um barril bruto – a maior parcela entre os combustíveis produzidos. Para efeito de comparação, a gasolina representa cerca de 18%, com variações conforme a origem do petróleo.
O diferencial do diesel está em sua alta eficiência energética. Motores a diesel conseguem aproveitar de 30% a 35% da energia do combustível, superando os motores a gasolina, que operam entre 20% e 25%. Com o avanço das tecnologias de combustão e controle de emissões, há expectativa de que essa eficiência alcance até 50% nos próximos anos.
Isso se deve, em parte, às características técnicas desses motores, que trabalham com elevadas taxas de compressão (de 15:1 a 25:1) e temperaturas acima de 600°C na câmara de combustão, resultando em maior desempenho e autonomia.
Classificações e tipos de diesel no mercado brasileiro
De acordo com a Resolução n.º 42 da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), o diesel automotivo se divide em duas categorias principais:
- Diesel A: 100% derivado do petróleo, sem mistura de biodiesel.
- Diesel B: mistura do diesel A com biodiesel, atualmente com adição obrigatória de 11%.
Principais tipos de diesel comercializados
1. Diesel Rodoviário (S10 e S500)
Esse tipo de diesel é utilizado em veículos automotores, tratores agrícolas, máquinas de construção civil e equipamentos industriais.
- S10: Possui apenas 10 ppm de enxofre. Ideal para motores fabricados a partir de 2012, permite uma redução de até 80% no material particulado e 98% em óxidos de nitrogênio.
- S500: Com 500 ppm de enxofre e coloração avermelhada, é comum em regiões de clima frio.
Ambos contam com versões aditivadas, com benefícios como:
- Detergentes e dispersantes: limpeza dos sistemas de injeção.
- Anticorrosivos: proteção contra umidade.
- Antiespumantes: abastecimento mais rápido.
- Desemulsificantes: evitam emulsão com água nos tanques.
2. Diesel S1800 – Não Rodoviário
Usado em ferrovias, mineração e geradores, contém 1800 ppm de enxofre e é identificado pela cor vermelha. Também chamado de "diesel interior".
3. Diesel Marítimo (DMA e DMB)
Indicado para embarcações, possui ponto de fulgor acima de 60°C, oferecendo mais segurança. Algumas versões premium, como o Verana, combinam baixo teor de enxofre, maior número de cetanos e conforto olfativo — ideal para navegação de lazer e operações em clima frio.
Pilares da logística brasileira
Mais de 61% das cargas transportadas no Brasil percorrem as estradas com veículos movidos a diesel. As ferrovias representam 21%, enquanto hidrovias e portos respondem por 14%. Já o transporte aéreo corresponde a apenas 0,4%.
Em um país de dimensões continentais como o Brasil, o diesel é o combustível que mantém a cadeia logística funcionando, e sua evolução caminha lado a lado com tecnologias cada vez mais limpas e eficientes.
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