DICAS PARA PLANTAÇÃO DE ARROZ: COLHEITA E PÓS-COLHEITA
Plantação de arroz colheita e pós-colheita, o caminho do campo até a nossa mesa. Veja como evitar perdas de grãos, sobre regulagem da máquina e análise de resultados!
O arroz irrigado e em sequeiro no Brasil conta com uma previsão de 10,6 milhões de toneladas para a safra 2019/20.
Essa produção de arroz equivale a um aumento de 1,6% em relação à safra anterior, mesmo com a redução de 0,6% de área cultivada.
Apesar dos números não serem tão expressivos quando comparados aos demais grãos, o arroz tem grande importância cultural para o brasileiro. Afinal, é um dos alimentos mais característicos de nosso dia a dia, não é mesmo?
Mas como esse grão sai do campo e vem para os nossos pratos todos os dias? Confira comigo a seguir um pouco mais a respeito da plantação de arroz colheita e pós-colheita!
Planeje a colheita para melhorar os resultados
A colheita é o momento mais esperado para qualquer cultivo agrícola, mas como é possível melhorar nossos resultados?
Para termos uma colheita bem sucedida, diversos fatores devem ter sidos bem alinhados durante todo o cultivo.
Desde os cuidados com o preparo do solo e o controle das plantas daninhas até o teor de umidade dos grãos na hora da colheita.
Por isso, para estar preparado neste momento o planejamento é essencial. Isso porque a gestão das atividades rurais, bem como dos gastos envolvidos, não podem falhar.
E para isso acontecer, a tecnologia vem ao nosso encontro!
Por meio de softwares de gestão agrícola, o produtor rural pode manter o controle e a pontualidade de suas atividades, gastos e lucros.
Exemplo do software de gestão agrícola Aegro
(Fonte: Aegro)
Plantação de arroz colheita: Evitando perdas de grãos
Ao evitar perdas durante a colheita, o produtor rural aumenta o aproveitamento da cultura e, portanto, a produção e a produtividade.
Assim, evitar as perdas deve ser o principal objetivo.
Segundo estimativas do Mapa, da Embrapa, da Conab e do IBGE, as perdas vindas das plantações de arroz chegam a 22%.
Desse total, a maior parte ocorre durante a colheita (12,6%), seguido do armazenamento (7%) e por fim no processamento (2,4%).
Os principais causadores de perdas na colheita do arroz são as colhedoras desreguladas, a umidade do grão inadequada na colheita, dentre outros fatores.
Por isso, veja a seguir qual a melhor época para colher o arroz e quais os pontos críticos de regulagem.
Quando é feita a colheita do arroz?
Embora os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Tocantins detenham cerca de 80% da produção de arroz no Brasil, os cultivos se espalham por todo o país.
Por conta da enorme extensão territorial e diferentes condições climáticas dessas regiões, as épocas de plantio e colheita variam – como demonstra a tabela abaixo.
Calendário de plantio (em verde) e colheita (em laranja) de arroz nas diferentes regiões brasileiras
(Fonte: Conab)
Por conta dessa variação em todo o Brasil, o ponto de colheita do arroz é melhor definido pelo teor de umidade de seus grãos, que devem estar entre 18% e 23%.
Além disso, a mudanças de cor na casca do grão indicam maturidade e podem ajudar na tomada de decisão.
Quando ao menos 2/3 dos grãos da panícula apresentarem essa característica, pode-se proceder com a colheita.
Plantação de arroz colheita: Regulagem das máquinas
A colheita do arroz pode ser feita de maneira manual, semimecanizada ou mecanizada.
Quando mecanizada, as informações dos manuais do operador devem ser sempre seguidas a fim de obter o máximo rendimento dos equipamentos.
No mercado podemos encontrar diversos tipos de colhedoras, desde as que exigem tração até as automotrizes, que realizam as operações de corte, trilha, separação, limpeza e armazenamento temporário dos grãos.
Tanto os mecanismos internos quanto os externos dessas colhedoras são fontes potenciais de perdas de grãos.
Detalhe dos componentes de uma colhedora de grãos
(Fonte: Ageitec Embrapa)
Dos componentes externos, o molinete recolhedor (número 2 na imagem) e a ação mecânica da plataforma de corte (3) são os grandes vilões.
Enquanto dos componentes internos, o cilindro trilhador (10), o saca-palhas (13) e as peneiras (18, 19 e 20) são os que levam à má fama.
Desta forma, a dica é ficar de olho na regulagem desses componentes verificando sempre:
- Fluxo de ar;
- Abertura e posição das peneiras;
- Altura da barra de corte;
- Rotação do cilindro trilhador;
- Velocidade e aberturas do saca-palhas;
- Velocidade da operação.
Lembre-se de realizar a manutenção periódica dos equipamentos! Peças desgastadas podem e vão afetar a colheita.
Cuidados na pós-colheita do arroz
Quando finalizada a colheita, o caminho do arroz até nossas casas ainda não chegou ao fim.
Após colhido, o produto é transportado, pesado, seco e enviado para o armazenamento, sendo um dos pontos-chave da pós-colheita do arroz, pois garante melhoras significativas na qualidade de cozimento do grão.
Passado isso, no beneficiamento os processos envolvidos podem variar de acordo com o produto que será oferecido ao mercado.
O mercado brasileiro tem preferência pelo arroz beneficiado polido, porém além deste temos o arroz integral e o parboilizado.
O beneficiado polido é resultado do descasque e polimento, enquanto o integral é derivado apenas do descasque.
Critérios para classificação do grão de arroz após descasque e polimento
(Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa)
Limites máximos de tolerância de defeitos (%) para arroz beneficiado polido
(Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa)
O parboilizado, antes do descasque e polimento, passa pelo processo hidrotérmico que resulta na gelatinização parcial ou total do amido.
Após tudo isso, o grão segue para a classificação, embalagem e expedição.
Plantação de arroz colheita: Análise dos resultados
Após todo o processo finalizado é fundamental que tenhamos em mãos o máximo de dados possível, como as porcentagens de grãos em cada classificação, de classe e de tipo.
Assim podemos avaliar a qualidade do produto e buscar identificar os pontos fortes e fracos da produção.
Por isso, reforço a importância dos softwares de gestão agrícola para controlar todos os procedimentos da lavoura.
Esses sistemas facilitam e muito a vida dos produtores rurais, realizando os cálculos de custo por talhão, custos planejados e realizados, além de produzirem gráficos e relatórios explicativos.
E o melhor é que tudo isso fica a poucos cliques!
O Aegro, por exemplo, é aplicativo acessível também offline, que auxilia o produtor desde o plantio até a colheita. Com:
- Gestão de patrimônio e de máquinas;
- Operações agrícolas;
- Gestão financeira e comercialização;
- Monitoramento integrado de pragas – MIP;
- Integração com o Climatempo;
- Cotação de seguro rural;
- Anotador – ferramenta para os lançamentos do LCDPR;
- Entre outras funções para o controle da fazenda.
É possível testar o sistema de gestão agrícola Aegro de forma gratuita, por meio de:
- Computador (clique aqui);
- Aplicativo para celular Android (clique aqui);
- Celular iOS (clique aqui).
Também existe a possibilidade de utilizar seus Pontos Bayer para contratar a versão completa do Aegro (clique aqui).
Conclusão
Acertar na colheita e pós-colheita é muito importante para garantir a qualidade do produto final, mas não é somente isso que faz um produto eficaz.
Precisa-se alinhar e integrar todas as etapas do processo produtivo!
Uma colheita de sucesso está ligada ao planejamento e cuidado da lavoura e, para isso, temos a tecnologia como nossa aliada.
Planejar, produzir, avaliar e planejar novamente. Essa é a receita do sucesso! Assim nos mantemos em crescimento.
E você, como planeja sua plantação de arroz colheita e pós-colheita? Conte pra gente nos comentários abaixo!
DICAS PARA PLANTAÇÃO DE ARROZ: COLHEITA E PÓS-COLHEITA
Reviewed by C Martins
on
março 07, 2020
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