"Produção de caminhões¨Anfavea prevê cenário “menos pior” na produção
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divulgou na última quarta-feira os números da produção de veículos no país. De acordo com a Anfavea, a queda na produção será “menos pior” do que o cenário apresentado no meio deste ano, com o auge da quarentena e de muita imprevisibilidade, quando se previam quedas de 40% ou mais.
Agora, a queda estimada na
produção de veículos de todos os tipos deve ficar em cerca de 35% no
comparativo com 2019, com 1,915 milhão de unidades fabricadas (motos,
automóveis, utilitários, caminhões e ônibus). Esse será o pior ano desde 2003.
“
Não deixa de ser um alívio
diante do quadro que vislumbrávamos no começo da pandemia, e creditamos isso
sobretudo à gigantesca injeção de dinheiro feita pelo governo federal por meio
do auxílio emergencial, que fez a economia girar de forma mais rápida do que o
esperado. Mesmo assim, teremos uma queda dramática de todos os resultados da
indústria em 2020, ainda que o último trimestre seja razoável como foi o
terceiro”, explica o Presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes.
Produção
Em setembro deste ano, foram
produzidos 9.430 caminhões, 28,9% mais que em agosto, quando foram fabricadas
7.316 unidades. Apesar da alta, o número ainda é 9,4% menor que setembro de
2019, que teve 10.406 caminhões produzidos.
No acumulado do ano, a queda na
produção é de 33,3%. Entre janeiro e setembro deste ano, foram produzidos
58.304 caminhões no país, ante 87.452 no mesmo período de 2019.
Os caminhões pesados são os mais produzidos, com 4.100 unidades em setembro e 28.099 unidades no acumulado do ano.
Para o último trimestre do ano,
a Anfavea espera números similares aos de setembro.
“Se por um lado há sinais
positivos, como a redução dos casos de covid-19, o alto interesse pelo
transporte individual e o tradicional aquecimento do mercado no fim do ano, por
outro há riscos como a redução do auxílio emergencial, a queda no nível de renda,
a alta do desemprego e o aumento da inflação”, exemplifica Luiz Carlos Moraes.