Michelin e Voliris criam o NATAC, aeronave híbrida sustentável para transporte de cargas, com operação autônoma e acesso a regiões remotas
NATAC, aeronave híbrida sustentável
A Voliris, subsidiária do grupo industrial NYFI, e a Michelin Inflatable Solutions uniram forças no desenvolvimento do NATAC (Navette Aérienne de Transport Automatique de Containers), uma aeronave híbrida experimental que combina conceitos de dirigíveis e aviões de carga. O projeto nasce com um objetivo ambicioso: criar uma solução de transporte aéreo de mercadorias com zero emissões de CO₂, capaz de operar em regiões de difícil acesso e sem a necessidade de pistas pavimentadas, reduzindo significativamente o impacto ambiental da infraestrutura logística tradicional.
Um dos grandes diferenciais do NATAC está na sua asa inflável, formada por uma cobertura segmentada em cinco lóbulos, com volume total de 25.000 m³. Essa estrutura chega dobrada ao local de operação e é inflada no próprio ponto de implantação, facilitando o transporte e a montagem. A geometria aerodinâmica é mantida por um sistema de polias que permite ajustes de volume conforme a altitude, garantindo estabilidade e eficiência em voo.
| Michelin e Voliris criam o NATAC, aeronave híbrida sustentável |
Segundo as empresas envolvidas, a estrutura foi projetada para suportar cargas externas de até 30 toneladas, além de resistir a pressões mecânicas elevadas. A Michelin contribui com sua reconhecida expertise em polímeros compostos e têxteis técnicos revestidos, sendo responsável pela qualificação dos materiais e dos processos de montagem, assegurando resistência estrutural e impermeabilidade a gases como hélio e hidrogênio.
Outro ponto estratégico do projeto é a sua logística. O NATAC foi concebido para ser transportado em apenas 10 contêineres padrão de 40 pés, permitindo que a aeronave seja montada diretamente no local de partida, sem comprometer a integridade do “balão” responsável pela sustentação. Essa característica amplia o potencial de uso em áreas remotas, regiões isoladas ou com infraestrutura limitada, oferecendo uma alternativa inovadora para o transporte de cargas pesadas.
O conceito também aposta fortemente em autonomia operacional. O sistema de voo autônomo possibilita operações não tripuladas com alto nível de segurança. Além disso, o design compatível com hidrogênio prevê que esse combustível possa desempenhar dupla função: gás de sustentação e fonte de propulsão, reforçando o compromisso do projeto com a descarbonização do transporte aéreo.
O cronograma do NATAC prevê a construção de um demonstrador em escala real da asa até 2028, quando serão realizados testes em solo e validações do sistema de implantação. Essa fase sucede os ensaios bem-sucedidos com um protótipo em escala 1/7, que já comprovou a viabilidade técnica do conceito.
Para a Voliris, o NATAC representa uma nova forma de pensar a logística de mercadorias, ao propor uma solução híbrida entre aeronave e dirigível que alia sustentabilidade, eficiência operacional e acesso a regiões remotas. Já para a Michelin, o projeto reforça sua atuação em soluções avançadas de engenharia e materiais, aplicadas a desafios globais de mobilidade e logística sustentável.
Crédito Michelin Inflatable Solutions e Voliris / Grupo NYFI
Publicação: Canal Diesel
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